segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Lado B

Depois de ler mais um pouco e rever a deselegância do passo errado, acabei de encostar a cabeça no sofá e ter uma visão panorâmica de tudo que contruí. Não sei mais me destruir, não sei mais chorar e nem degustar o prato frio que você me ofereceu. Talvez um dia tenha dado certo, talvez um dia eu tenha comido... agora faço careta , limpo minha boca, e ainda levanto sem pedir licença.
Quem um dia ensinou o perdão, fuma tanto quanto o meu cardiologista, e um dia até sermão me deu, agora vive escravo da antiga melancolia. Uma dor ou uma dó; Não sei o que é isso, só sei escrever , paro alguns segundos passando a mão abaixo das narinas seguido com um fungado seco sem saber o porque ainda escrevo isso.Não entendo como pode existir esse sentimento do lado oposto, por favor melhore! Grite, fale palavrão e tire esse manto mentiroso com a desculpa que só os inteligentes conseguem ver. Está feio, está bizarro, está doente.Obrigado por ter lido isso, com essa certeza durmo contente...


sábado, 14 de março de 2015

Me vendo fora ...

E observo como num sonho e me vejo fora de mim.Aplaudo pelo resultado de me reerguer e ver que a fumaça se foi , entao ascendi um cigarro pra embaçar o contraste da felicidade presente em mim. Sou muito forte , não vejo motivo pra sentir rancor e fujo da vontade de sentir dó. Olha para mim , eu me vejo , eu sou reflexo das bondades que ofereço . O universo me deve e eu sinto que devo cobrar . Meu universo é atitude e as palavras não me convencem ... Vire para mim , me olhe nos olhos e veja que o bom é melhor sem você. 

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Páginas em branco.

Se escondia por detrás da minha ansiedade, todo meu passado e meu aprendizado que não parece recente. Eu já ia tentando de novo.
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Então eu fechei o livro e ela ainda não tinha dormido; No primeiro momento assustei, mas ela balançou a cabeça como se implorasse para que a leitura continuasse.
Prossegui com a leitura, que parecia infinita, mas a minha bela princesa parecia em alguns momentos risonha e inquieta a cada capítulo , percebi que tinha ouvido um suspiro de choro enquanto lia a parte mais interessante , me atrevi a observá-la por cima do livro para identificar o barulho estranho que ela fazia sob as cobertas . Ela se tocava e pedia pra eu ler mais, aquilo não me excitou, porque a cena não se comparava ao que eu estava lendo. Então continuei até que um suspiro alto me interrompeu. Minha querida amiga tinha arrepiado com o frio que entrava pela janela de cortinas vermelha ao lado de sua cama. Perguntei: frio? E ela disse com os olhos fechados e uma cara de satisfação: Também ... 
Minha princesa então adormeceu! 
Resolvi ascender um cigarro pra tragar tudo que eu havia lido, aquele livro era forte, e eu não me conformava com o conteúdo obsceno , triste , questionável e sombrio. 
Percebi que nas últimas linhas a tinta era mais forte , um vermelho lindo, quase sangue, e era escrito com uma letra legível . Um livro diferente, de ultimas páginas novas, e eu me perguntei se havia alguma coisa escrita naquelas páginas de neve , mas meu sono alcoólico não me deixou abrir. Acordei as seis da manhã sem saber direito onde estava , então uma senhora de olhar malicioso aparentando uns oitenta anos me pergunta: Filho, você quer café ou mais rum? Eu realmente não sabia quem era aquela senhora estranha , então ela beijou a minha testa e disse: Obrigado por ler seu diário, agora já pode ir embora e compartilhar suas tristezas...